31 março, 2009

Lei de Murphy


Não estou a escrever para criar mais uma página elucidativa da chamada Lei de Murphy. Acho que muita gente já sabe o que a 'lei' diz no seu fundamento... mas, e porque ela surgiu de uma situação real, descreve bem o pessimismo com que se pode encarar qualquer ocorrência.
Para os mais distraídos (e rapidamente), a Lei de Murphy pode resumir-se (sem preciosismos na tradução) a uma frase: "Se há alguma coisa que pode correr mal, então vai correr mal!" e através de várias asserções pode acrescentar-se uma plétora de postulados...
A frase por si só deixa muito pano para mangas... há muitas situações, que quando nos afectam nós temos tendência para, a determinada altura, dizer "foi o destino", ou podemos pensar "correu assim, porque tinha de correr assim", ou ainda, para os mais optimistas "podia ter sido pior"! Parece então que, não correu bem, porque havia uma hipótese de não correr bem, e estavam reunidas as condições para que esse conjunto de acontecimentos improváveis se reunissem, e provocassem esse resultado menos apetecível. Eu, particularmente, não sou muito de fugir de situações desagradáveis. Isso facilita para que se juntem acontecimentos pouco ortodoxos e conflituosos. Ouvi uma expressão interessante que diz que "quando um não quer, dois não briga!". Ora, quando um não foge da situação, é mais provável que se juntem as condições para um conflito. Assim, aprende-se a lutar contra os impulsos. Aprende-se também (aos olhos dos outros) a ser frouxo e mesquinho, a fugir às responsabilidades e às situações embaraçosas, a não assumir erros e a permitir que outros paguem pelas nossas falhas... em defesa dos não-conflitos. Assim, quando se quer muito que algo corra bem, há que avançar com a máxima certeza de que não há hipótese alguma de correr mal. Porque se correr mal, será por causa dessa hipótese... Se é que me fiz entender!


Ps: Existe mais um punhado de 'leis' muito interessantes... Como a "Lâmina de Hanlon' ou as 'Leis de Clarke'... pode ser visto em http://www.burburinho.com/20050123.html ou em http://wikipedia.org. Outras, também interessantes http://www.acores.net/blogger/view.php?id=13981.



Cheers

2 comentários:

Anónimo disse...

passei por aqui =)

Orquidea

Orquídea disse...

Relendo este post (porque não há um novo... mais recente) cheguei a algumas conclusões e questões.

Pode sempre correr mal. A beleza da vida está precisamente nessa possibilidade, no facto de ser incerta. É porque tanto pode correr bem como mal que viver se torna tão especial e precisa de tanta coragem.
Só os cobardes optam pelo que só têm a certeza que vai correr bem. Que Coragem há nisso? Que vida? Que felicidade? Tal tipo de escolha torna-se demasiado reducionista. Dessa forma acaba-se apenas por sobreviver.

Sempre segui e sigo as minhas intuições. Nunca me arrependi. Também sigo os meus impulsos, mas esses aprendi que devem ser ponderados pelo menos uma vez, para não dar espaço a grandes arrenpendimentos do dia seguinte ou uns tempos depois. Contudo se a vontade de fazer algo for muito grande... sou mulher suficiente para arcar com as consequências que surgirem dos meus actos e escolhas.

Por vezes o conflito é mesmo necessário para se resolverem algumas questões, para se encerrar de vez algumas páginas da nossa vida. Atenção que quando falo em conflito não me refiro a violência quer fisica quer psicológica, refiro-me a uma troca de ideias entre pessoas com pontos de vista diferentes.

É dificil ter coragem para enfrentar uma situação em que à partida sabemos que podemos sair magoados ou magoar alguém, contudo, continuo a defender e a acreditar que a verdade, a honestidade e a sinceridade devem sempre prevalecer.
Prefiro que me magoem com uma verdade sincera e honesta, do que me virem as costas... se afastem...para evitar um conflito ou uma situação mais desagradável. Até porque acredito que todas as pessoas têm o direito de se defenderem, de explanarem o seu ponto de vista. Se não existir confronto, como poderá existir uma defesa.
De que forma poderemos condenar alguém sem ter certezas do motivo que nos levou a essa condenação?! Sem dar a oportunidade de alguém se explicar, mostrar o seu ponto vista...

Entretanto... sem me dar conta, estou uma vez mais a falar de sentimentos.

Concluindo, prefiro arriscar mesmo que saiba que há a possibilidade de correr mal, do que optar apenas pelo que é "100%" seguro. Se tiver de me arrepender... pelo menos terei a oportunidade de aprender com os meus erros.